terça-feira, 8 de maio de 2012

Algumas desculpas após um filme ruim

Antes de mais nada, preciso pedir desculpas à minha namorada, em cujo computador baixei inúmeros filmes que eram meros pepinos cinematográficos, jacas de Hollywood ou pudins da telona, e de cujos títulos poupo o caro e raro leitor.


Em seguida, gostaria de me desculpar comigo mesmo. Tenho 38 invernos nos ossos, e assisto a filmes desde os dois anos de idade, quando meu pai me levou para ver "Yojimbo", "Sanjuro" e "Os Sete Samurais" - todos de Kurosawa - em Roma. No que tange ao cinema, me considero relativamente calejado; fato que apenas aumenta a proporção do meu pedido de desculpas.


Não que eu seja crítico de cinema ou oriundo daquela corja da qual fazem parte os José Wilkers da vida. Não, não. Permaneço humilde e esperto o suficiente para não falar de filmes de Bergman ou de Antonioni, e tal. Gastar saliva tecendo louvas a quinze (15!!!!) minutos de aurora ou crepúsculo bergmaniano não é, definitivamente, minha praia.


Eu devia, entretanto, ter decifrado os sinais e as informações antes mesmo de ter baixado aquela COISA. O tema envolvendo policiais corruptos numa Nova York pós-11 de setembro. O tema da exclusão social e do preconceito racial em conjuntos habitacionais cobiçados por "novos programas imobiliários" da prefeitura. E, sobretudo, a presença da dupla Al Pacino e Ray Liotta. Dear Lord, have mercy!!!


Até esqueci qual foi o último filme decente em que esses caras atuaram. Pouco importa agora: tanto Pacino quanto Liotta estão péssimos. E quando eu digo "péssimos", eu quero dizer que ambos não serviriam sequer para o elenco de uma novela da Record.

Aliás: a bomba travestida de filme em questão se chama "Son of No One", que aqui foi traduzida com o belíssimo e original título de "Anti-heróis". Salvo engano, foi direto para as locadoras ou para engordar alguma prateleira das Lojas Americanas.

Não chegue perto disso. Não vale a pena.
Ontem, me deparei com esse livro do Aldir Blanc. O que me chamou a atenção foi, é óbvio, a capa. Folheei a coisa por alguns minutos, mas achei o negócio meio simples. Gosto de Aldir Blanc, acho ele um sujeito inteligente; coisa rara em Pitboyland. Mas "Guimbas" é pra quem curte mesmo. É papo - ou resto de papo - de botequim pé-sujo. Acabei tirando uma foto da capa com o celular e pronto. mas é um bom livro. Interessante e divertido. Muito melhor que 90% da josta que vem sendo lançada ultimamente. Recomendo ler acompanhado de cerveja.