sábado, 2 de julho de 2011

Recordista

O governo de Dilma Rousseff já bateu recorde no quesito "Encrenca".

Apenas no primeiro semestre de governo, três ministros se meteram em um Maelström de escândalos e maracutaias de fazer inveja a qualquer mafioso.

Primeiro foi o Palocci. Depois aquele nanico do Ministério do Turismo (saído de um motel antes mesmo de tomar...posse), que resolveu repassar uma grana preta para o Maranhão, feudo de seu padrinho José Sarney.

Agora é o Ministro dos Transportes, que demitiu quatro de seus assessores mais próximos por conta de um esquema de corrupção dentro da pasta. E aí não dá pra inventar desculpa. Ou não sabia e foi incompetente e ingênuo. Ou sabia e vai deixar o cargo para responder criminalmente.

Míseros seis meses, e o nível de lama só cresce.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

YES, WE KHAN (sic)


Raras vezes assisti a um escândalo sexual que mais parece uma novela mexicana e com um timing de dar inveja ao mais chato dos britânicos.

Dominic Strauss-Khan está solto. A acusação pisou na bola, a vítima se mostrou uma senhora confusão (testemunho falso, suborno, ligações com uma máfia, etc.), e Khan está de volta. Já deixou seu posto no FMI e, pelo fato de a justiça americana ainda estar com o seu passaporte, vai permanecer na terra de Tio Sam e, mesmo não perdendo a chance de concorrer às primárias que decidirão os nomes dos candidatos à presidência da França, já caiu nas pesquisas de opinião. Os franceses ainda acham que foi complô, mas também não vão ficar passando a mão em cabeça de tarado.

Na terra de Balzac, as pesquisas apontavam Strauss-Khan como favorito numa disputa que, além de Sarkozy, teria a filha de Jean-Marie Le Pen como representante da direita. Agora a coisa muda. Ou a França passa para a direita, ou permanece na direita. Ou seja: tem fortes chances de continuar um país sem graça no cenário mundial.

Quanto a Dominic "O.J." Strauss-Khan, tá na cara que o sujeito não é anjo, mas agora virou o estopim para uma investigação de grandes proporções que, em princípio, vai colocar na jogada o nome de muita gente graúda.

Essa novela, eu quero ver.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Baixinho em Baixa


É sempre assim: o sujeito acha que está na crista da onda, cheio de amor pra dar, se achando a última Coca-Cola do Deserto de Gobi. Aí vem alguém e coloca o sujeito no seu devido lugar. Foi assim com o Bush na hora do sapato voador; foi assim com o Berlusconi quando foi atingido por uma miniatura da Torre de Pisa (Jason Bourne não faria melhor...).

Agora é a vez do presidente francês Nicolas "E.T." Sarkozy, que por pouco não leva uma mela de um jovem insatisfeito. De minha parte, acho esses momentos engraçados pra caramba. Não pela agressão em si, mas pela "queda" de algum Valhalla no imaginário desses neo-liberais chupadores de alma. Bom mesmo é quando o agressor, por mais franzino que seja, consegue o que quer. Certamente vai ser engolido por uma tsunami (não raro tardia) de seguranças, que baixarão a borracha no infeliz e o jogarão em alguma Guantánamo da vida.

Isso me faz lembrar daquele monólogo do Robert Shaw no filme "Tubarão". O cara conta como a tripulação do navío dele foi quase toda papada por tubarões-tigre durante uma missão secreta na Segunda Guerra Mundial. Exatamente por ser secreta - eles iriam entregar uma das bombas nucleares para uma base americana no Pacífico; relato que ficou meio sem pé nem cabeça -, a ajuda custou a vir. Ao término do relato do massacre, o personagem de Shaw, feliz, declara: "...mas pelo menos entregamos a bomba...".

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Madeira


Este vosso humilde escriba já vai avisando os leitores pedestres: antes do próximo domingo chegar, vou cortar um dos galhos da volumosa árvore que resolveu adentrar minha já florida varanda.

Sequer vou me dar ao trabalho de avisar a Comlurb (esses merdas não sabem cortar galho...) ou os bombeiros (estão todos em Brasília ou posando para revistas...). Invocarei as graças de São Leatherface e, pobre que sou, colocarei a já enferrujada serra para trabalhar na base do muque mesmo.

Fuck Sting!

Pitboyland, Cleptocracia Ensolarada

Inútil começar com algo do tipo "eu disse" ou "eu já sabia". O leite já foi derramado e mais uma vez a visão de alguma justiça já se perde no horizonte.

De fato, o governador Sérgio "Risonho" Cabral (filho) se meteu em mais um mato sem cachorro. Aparentemente, usou o jatinho de Elke (sic) Batista para prestigiar o aniversário de um empresário acima de qualquer suspeita e quase embarcou em um helicóptero que caiu no mar, matando um piloto sem habilitação e todos os passageiros. Cabral saiu ileso, mas a fatalidade expôs um leque de negociatas escusas e favores que fariam um Baby Doc corar.

Como é de praxe nesse tipo de caso, a reação dos envolvidos foi chamar a atenção para o momento de luto (principalmente no que se refere a um dos envolvidos, dono da empresa Delta, que perdeu a ex-mulher no acidente...) e garantir a lisura da relação entre governo e empresariado. A oposição, entretanto, pagou para ver, e já preparou a fogueira junina para que os suspeitos pulem o mais rápido possível.

Em tempo: na manhã de hoje, o governador Sérgio "Riso Maroto" Cabral deu uma entrevista à rádio CBN, frisando a diferença entre suas vidas privada e pública, diminuindo as questões acerca dos incentivos fiscais às empresas suspeitas e vomitando um blá-blá-blá de mea-culpas e promessas que já perdeu a razão de ser. Dada a incapacidade, por parte da âncora Lúcia Hipólito, em ordenar as perguntas de maneira lógica (fatos menores primeiro; fato principal por último...), Cabral usou e abusou da estratégia empregada pelos melhores leões da montanha.

Saída pela esquerda...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Pic of the Week by the Freak (1)

A Vingança da Toupeira Carioca

Faminto, adentrei a padoca à procura de algo que forrasse meu estômago após horas de espera (aliás, inúteis) na PUC. O diálogo a seguir é verídico (cardíacos e crianças, não leiam...):

"Por favor, me vê um joelho misto pra viagem..."

"Mmmm...misto, não tem, moço. Só com queijo e presunto..."

Após alguns segundos de praxe necessários para que alguns dos meus neurônios implodissem ante tão peculiar resposta, balbuciei o óbvio:

"...Ah, tá. Pode ser..."

Padarias podem ser lugares perigosos para pessoas como eu.
Daqui em diante, só entro armado e com colete à prova de balas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Divinas Pesquisas

Ontem (domingo, 26), após assistir a mais um emocionante episódio de Dr. Hollywood ("Daniela, a vachina é oma coiza echplêndida na naturessa"...), no qual Dr. Rey operou as mamárias de três irmãs assaz chatas, passei pra Record, que exibia um bizarro programa sobre a fortuna de Elke (sic) "amigável jatinho" Batista. Intrigas, exageros, mulheres, família, carrões, iates, mais mulheres, traições, segredos. Toda uma trama que mais parecia um capítulo da alguma novela do SBT.

O curioso, entretanto, era que, no canto inferior da telinha, havia uma enquete. Uma frase que dizia, mais ou menos, que as probabilidades de se tornar milionário eram maiores que as probabilidades de ser atropelado, ou algo assim. Bem bizarro, bem Record. Só fui entender o espírito da coisa toda quando, findo o programa sobre Elke (sic), apareceu, do nada, mais um jovem pastor da Igreja Sei-lá-das-quantas-de-que-reino chamando a atenção para a enquete (segundo ele, encomendada a uma importante empresa...).

Mudei, e fui cair no SBT, onde "Gabi" entrevistava Luciana "Foggy Teenager" Vendramini. A artista "mignon" não falava coisa com coisa (talvez por ser artista, talvez por ser coelhinha, talvez por realmente não saber construir uma frase simples), arrancando olhares de admiração e emoção por parte de "Gabi".

Com o cérebro em frangalhos após tão hedionda série de exemplos da TV tupiniquim (quiçá mundial), fui fazer naninha (i.e. capotei legal, sem medo de babar...).

Shakespeare no Chinelo...

Chico Buarque é pai do Eduardo Campos?! Pai de político suspeito de crimes?
Definitivamente, o rock me salva!!!