sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Como enganar Ditadores Cegos (versão Código Morse)

Chuva chata. Contas pagas e costureira. Jornais e casa da avó. Frango ensopado e salada. Telefonemas. Recortes e textos. De grão em grão, a Santa Sé volta ao páreo. Café preto e mais chuva. Idéias de propaganda para jornais impressos e companhias aéreas. Aula na PUC: discussões acaloradas, Matte Leão e croissant de peito de peru com catupiry. Casa, sanduíches e arrumações. Zapping na TV a cabo: programas ruins, jornalismo ruim e rostos ruins. Cochilo no sofá e acordo na frente de um programa sobre ursos marrons assassinos (um dos sobreviventes veste uma camiseta do Johnny Cash...). Cama ao som da música clássica da MEC FM (além do som da chuva forte...).

Destinatário de uma chamada gelada (versão Código Morse)

Tempo nublado e Nilópolis em chamas. Rio Sul e leve suspeita de que o lesado que me atendeu na TIM ainda vai me causar certas dores de cabeça. Ar abafado. Discussão sobre obrigatoriedade dos afazeres. Agora o grupo inclui uma chef de cozinha que viaja muito. Saladão no almoço. Cada uma na TV a cabo...Recortes e textos. Leituras e pesquisas na internet. Bateria e ducha fria. Jardim Botânico e jantar em Botafogo: empadão de camarão, salada, cogumelos na manteiga, picles e cerveja preta. Torcedores eufóricos. Táxi e chuva fina. Cama ao som de Billie Holiday.

A Mesa


Os franceses têm um excelente adjetivo para móveis com muitos anos de uso. Dizem que o móvel em questão se encontra "cansado". Esta, pois, é a situação de minha mesa de trabalho. Cansada, muito cansada.
Adquiri a mesa em 2001, em um galpão de móveis usados aos pés dos Arcos da Lapa. Data da década de 40 ou 50 do século passado – presumo isso pois a mesa veio com uma camada de selos antigos colada na parte inferior de uma das gavetas. Recebeu uma pintura "envelhecedora" e algumas mãos de verniz. Surpreso fiquei quando meu pai disse que tivera uma igual nos seus tempos de adolescente. Mesa de estudo ou de datilografar, segundo ele.
A mesa é boa e prática, mas mal sobreviveu às idas e vindas de quatro mudanças entre Pitboyland e Hardcore Brasília: a estrutura ficou abalada, o tampo está prestes a ceder, e o pé direito rachara no último transporte porcamente executado. Em suma, a pobrezinha cansou.
A mesma mesa já suportou – literalmente – muita coisa deste vosso humilde escriba: ficções, crônicas, missivas, redações para cursos de Inglês e Português, recortes e colagens, leituras, revisões, crises de choro sobre manuscritos, listas, desenhos, textos jornalísticos, reportagens, resenhas e demais rabiscos e rascunhos de letras tortas.
Nela guardo os itens mais dispares: pastas com textos, cadernos, material de papelaria, acessórios do lap-top, coleção de canetas, canivetes, coleção de pins bélicos soviéticos, envelopes, moedas estrangeiras, carteiras antigas, chaves e chaveiros, fitas cassete de áudio com gravações de minha voz quando criança, estojos de óculos, restos de óculos, punhais africanos, calculadora, soco inglês, caixinhas japonesas, convites de casamento e por aí vai.
Dia desses, pensei em voltar ao tal galpão da Lapa para procurar um móvel substituto. Ainda não fui, e sequer sei qual o tipo de mesa que compraria. Nova ou antiga? Usada ou tinindo de nova em alguma Tok&Stok da vida? Uma ou várias gavetas? Metálica ou de madeira? É assunto delicado, ainda mais em se tratando de tão precioso móvel para um candidato a escritor.
Até lá, a atual mesa se cansará um pouco mais.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Os Melhores Herdeiros são Ratos (versão Código Morse)

Tempo ensolarado e dois pedreiros adiantados. Café, jornal e marretada no outro apartamento. Rádio, leituras e projetos. Tem gente no COB que é pai de marceneiro: olha pros filhos com a mesma cara de pau. Tubulações máquina de lavar roupa. Almoço na padaria (peixe, feijão, arroz, brócolis, além da abobrinha frita...). Café em casa e leituras. Banho e PUC. A professora não deu aula; tivemos uma aula "incomum" sobre História. Boas conversas. Frases sem sentido no telefonema. Textos e rádio. Eu falo merda porque eu estou cansado. Eu peço desculpas pelas merdas, mas continuo cansado. Boa noite.

Scrapbook for Lovers (versão Código Morse)

Tempo nublado e pesquisa sobre Garnier e Laemmert. Suco e esfirra no Bar 20. Casa da avó e "Glen or Glenda" no Telecine Cult. Bolinho de feijão frio e tâmara. Textos e leituras. Bateria, ducha e bootlegs (The Cult / White Zombie / Ramones). Mais textos e recortes. Telefonemas e resenha de filme antigo. Escolhendo presentes para pessoas próximas. Rádio e música clássica. Macarrão e salada. Agendas, leituras e cama (ou seria coma?) após a meia-noite.

Katapimba Records Ilimited (versão Código Morse)

Final de semana incomum e fora dos padrões. Final de semana de chopp, conversa e certa superação dos limites físicos. Desilusões e esperanças. Cansaços e prazeres. Joaquina no sábado. Aconchego Carioca no almoço de domingo (com direito a uma espera de duas horas, mas à recompensa no bolinho de feijão, no camarão na moranga, na cerveja gelada e principalmente na simpatia de Bianca, Maurício, Thiago e Gustavo...). O próprio domingo terminou com chuva, vitória arrasadoras do Flamengo (...who cares?...) e recortes para a nova agenda Taschen 2010. Reflexões sobre amizade e resignação ante um pragmatismo atroz. Quatro (4) agendas sobre a mesa, além dos envelopes com recortes e os cadernos para textos mais longos. Rádio, leituras e muito sono. Capotei às duas da manhã.

Thulsa Doom está de chinelos lendo Marie Claire (versão Código Morse)

Tempo bom, mas acho que vai chover. Café, jornal e internet. Ipanema, Lojas Americanas e sorvete Itália. Telefonemas e planos para a noite. Almoço em casa. Textos, leituras e recortes. Rádio e exercícios. Filme e ducha. Complexo de vira-lata ou pragmatismo? Enfim, a agenda da Taschen. 200 ingressos do AC/DC achados e distribuídos como panfletos por um morador de rua nos sinais da FNAC de Pinheiros: quase tenho um troço. Só chopp salva. Bar Joaquina da Cobal do Humaitá. Destination Unknown.

Macaco Velho em Galho Novo (versão Código Morse)

Tempo agradável. Café e jornal. Internet e telefonemas. Caos no banco e continuação da greve (Olimpíada não costuma resolver esse tipo de problema...). Textos e rádio. Overdose de terremotos. Celular e pipoca não combinam (ver YouTube). Almoço em casa: peixe e salada. Textos e recortes. Estamos literalmente lascados. Paulo Coelho ainda é um débil mental. Palestra na PUC. 435 estupidamente gelado. Sanduíche e telefonemas. Cama e nenhum saco para sair.