sexta-feira, 2 de julho de 2010

Baby Takahashi e a Rapa do Salú (Episódio Um)

Baby Takahashi mandou uma mensagem no momento em que seleção de futebol do Japão ganhava de três a zero da Dinamarca: “...mulher com faca ameaçando homem no viaduto...”. Sim, a violência nossa de cada dia na selva de pedra de Pitboyland. Baby Takahashi rumava em direção ao alegre Méier a bordo de um 476 suspeito recheado de pobres almas alienadas pelas impiedosas garras da cidade grande.
Na condição de sabotadora-mor dos planos de Thulsa Doom, Baby Takahashi sabia que cenas de desespero como aquela permeavam o asfalto de Pitboyland. Havia certamente alguma compaixão ou pena em seu coração, mas apenas o suficiente para que ela não fosse confundida com uma calculadora de bolso. O resto era pura disciplina; concentração e sede de vingança.
Tal qual ninja de calcinha sexy, Baby Takahashi reavaliou, mentalmente, sua lista de afazeres. As prioridades eram claras:

1) Assassinar Thulsa Doom (de preferência à luz do dia...);
2) Roubar as informações de sua Central de Computadores localizada no Shopping Leblon;
3) Destruir os arquivos referentes à pessoa de Kirisoré Von Airbourne, escriba e baterista-mor da Sagrada ordem dos Vagabundos Prateados;
4) Devorar um hamburger com espinafre no Bibi;
5) Dançar um rockabilly do mal;
6) Beber água...

Feitas essas considerações, Baby Takahashi olhou novamente pela janela do 476. As charmosas fachadas de casas e sobrados de São Cristovão e adjacências acusavam o apartheid que se instalara em Pitboyland. Um reptílico sistema de elevados e perimetrais separava a pseudo-perfumada Zona Sul da crua e estoica Zona Norte. A poucos anos de uma Copa do Mundo e de uma Olimpíada – ambas em solo tupiniquim –, Baby Takahashi temia o pior e já imaginava o dia em que Thulsa Doom e companhia dominariam o pedaço, transformando cada ser vivo em um passivo seguidor de Jorge Vercilo, Preta Gil, Maria Rita, Monobloco e demais Cavaleiros do Apocalipse surrupiados de uma indústria alienante com combustível suficiente para funcionar a pleno vapor até o fim dos dias.
Baby Takahashi, alheia aos gritos do fundo do ônibus, sabia que devia fazer de tudo – ou quase tudo – para impedir tal cenário de desolação e dor.
“Aha! Uhu! É a rapa do salú!!!”.
Sim, os brados aumentavam lá atrás. Cada vez mais fortes, cada vez mais selvagens; como se, aos poucos, todo o 476 estivesse se tornando uma mini-ilha do Doutor Moreau movida a diesel barato, falsificado e batizado. Estava mesmo na hora de Baby Takahashi dar no pé, se pirulitar, se mandar de fininho, sair à francesa, picar a mula e ir Nelson. Com gestos precisos que faziam jus à sua descendência nipo-rockabilly, a estonteante Baby Takahashi levantou seu belo e alvo traseiro do assento, pressionou o botão de parada e começou a caminhar em direção à saída.
“Aha! Uhu! É a rapa do salú!!!”.
Os gritos de guerra mais uma vez. Seria aquela uma forma de provocação por parte dos vendedores de empada ali presentes? Uma explícita forma de demarcação do território móvel? Horas antes, Baby Takahashi havia degolado cirurgicamente um engraçadinho conhecido como Júlio Sorriso que se atrevera a apalpar as belas nádegas da ninja após listar seus pseudo-dotes de conquistador barato. Um erro fatal.
Baby Takahashi, entretanto, não estava com a menor paciência para trucidar almas ingênuas ou decapitar a semi-analfabeta oposição. Ela simplesmente esperou o ônibus parar e desceu os três degraus com seu habitual charme.
Foi então, para sua própria surpresa, que Baby Takahashi deu de cara com a enorme silhueta de Kirisoré Von Airbourne.
Damn...E agora, nigga?!!!

Potes de Macumba em Promoção (versão Código Morse - Redux)

FBI não vem com cerveja envenenada.
Acordo às 5 e não durmo mais. Sonhos estranhos. Iogurte, rádio e jornal. Mais um jogo. Clínica Sérgio Franco e sanduíche de queijo em casa. Nada de grana, nada de coturno. Enjôo. Internet (esqueci do e-mail). Nada de carne assada com macarrão. Rádio, textos e exercícios. Ducha quente e telefonemas. Uma garrafa de cerveja e música clássica. Mais textos. Saramago e futebol. Petisco de alga salgada. Couscous com lingüiça. “The Werewolf”: uma porcaria, apesar de bons momentos. Pesado. Muito antes do desejado. “3 a menos”...
Good Vibrations in Mars.
Garganta incomoda. Iogurte e preparativos. Cebion. Devolução do filme ruim. Feira da Praça XV. Camiseta japonesa e chaveiro de pinto preto. Mimeógrafo a 200 paus (dream on, sucker...). Nenhuma pechincha. Almoço no Bar Luís e boa conversa. Ônibus pro Leblon. Chá preto. Louça suja e futebol (adieu, Cameroun...). Ducha morna e textos. Jon Spencer Blues Explosion. Bar do Adão em Copacabana: pastéis e chopp, playboys e vadias. “Tauba” de filé-mignon. Andando torto pelas ruas. Ônibus caipira. Casa e cama.
Mulheres não decolam.
Domingo de sol e despertar tardio. Iogurte e rádio. Compras pro almoço. Motociclista sem capacete. Jornal e piadas. Almoço: macarrão com molho de carne moída e tomate. Nada na televisão. Bobby Brown nasceu para ser um sujeito ridículo. Consertando o computador e fazendo o back-up. Novidades no banheiro. Coca-Cola para repôr as forças. Rock. Ponto de ônibus e cookies. Mais rádio e mais textos. Ducha. Uísque e acepipes. Telefonemas. Música clássica e agendas. Cama à 1:30.
Traficante de livros engorda horrores.
Tempo nublado e café-da-manhã. Operações bancárias, recarga do celular e discos virgens nas Americanas. Louça suja. Recorte de jornais. Almoço: couscous e nuggets. Telefonemas e textos. Dunga de TPM. Internet, bateria e ducha quente. Telejornais e resto do macarrão. Chá pra acalmar. Textos dos blogs no computador. Música clássica. Bárbara foi vítima de uma substância mágica...Seis mosquitos mortos ao som do “Pónei Vermelho” de Aaron Copland. Vou dormir às duas com a sensação (nada triste) de que meu curriculum vitae é, na verdade, um curriculum tenebrae para certas áreas.
Humorista é enterrado com uísque.
Nevoeiro, iogurte e jornal. Nada de muito novo no front tupiniquim. Compras da semana. There’s no Pedro in this house, sir! Sanduíche de queijo e suco de laranja. Rádio e telefonemas. Saladão no almoço. Cookies e chá na sobremesa. Internet e perda de tempo. Exercícios e ducha quente. Chuva chata. Cartório em Copacabana e casamento do Alexandre. Juíza telúrica. Pizzaria Fiametta (Botafogo): crianças elétricas, muita Coca-Cola e horóscopo da Capricho lido por Madame Vitória. Táxi pro Leblon. Mais chuva. Música antes de dormir. Mais sede...
Don’t Count On Dead Magic.
Tempo nublado, iogurte e banco. Papelaria, arrumações e pão com Polenguinho. Agendas e recortes. Almoço: feijão, arroz, galinha e salada. Internet, telefonemas e arrumações. Freelas em baixa (o que me dá uma boa idéia do que é amizade em épocas de vacas magras...). Aspirador no escritório. Bateria e ducha quente. Classe política é mesmo uma corja a ser eliminada na base da guilhotina. Estados Unidos levando uma Copa? É uma conversa assaz honesta, confesso. Cachorro-quente e Coca-Cola. Canal 96: Man Versus Food (hamburger, panqueca e omelete de 12 ovos...). Batalha contra computador: a máquina vence o primeiro round, mas nós não desistimos tão facilmente. Muito sono pra uma cama sem conforto. Frio e sede......

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Em Pratos Limpos (versão Código Morse - Redux)

Pitboyland põe Ibsen Gaúcho de quatro.
Café simples. Pequenas confusões. Dentista. Empapado de suor. Bermuda, camiseta e chinelo. Feira, lanchonete e casa. Telefonemas e internet. Almoço tarde; muito chá. Textos e trabalhos da Puc. Bateria e ducha fria. A primeira e última barata de 2010. Leituras. Sanduíche de queijo minas e bolo de banana. Muita água. Internet e urgência em resolver o problema do MSN. Fotos do Social Distortion e notícia de que o baterista se mandou. Mais textos e rádio. Por que diabos a “Slave to Love” do Bryan Ferry sempre toca à meia-noite? Ar-condicionado e cama às 2. “Mais tu goichta, né?”.
Quando a aeromoça não sabe se maquiar, nunca aceite a barra de cereais.
Tempo nublado, menos calor. 20 anos depois, Collor continua um débil mental (e Delfim não fica muito atrás...). Correios e paradinha no Clipper (suco de laranja e risole de camarão...). Voto nulo sem o menor peso na consciência. “Humpty Dumpty” Nuzmann. Sem surpresas em Pitboyland. Almoço, internet e muitas fotos nos arquivos. Arrumações e textos. Rádio, exercício e ducha fria. Chuva forte. Falta de água, falta de luz, falta de telefone, e falta de vergonha (e isso há 500 anos...). PUC. Itahy e conversa em dia. Mudanças e novos rumos. Sanduíche de filé de frango. Chopp. Volto a pé e capoto às 2 da manhã.
O jiló tá na parte de baixo da geladeira.
Chuva e tempo nublado. Iogurte e jornais. Vivemos em uma cleptocracia patética. Proposta de emprego. Perdidos e achados. Arrumações e trabalho Puc. Telefonemas. Livro sobre a família Ustinov. Biografia do Jerry Lee Lewis. Acho que vamos precisar de uma mesa maior. Telecatch na Puc. Almoço na padaria. Chuva. Arrumações e telefonemas. Band-aid no dedo. Novo single do Devo. Bateria e ducha fria. Últimas mensagens na internet. Dois sanduíches. Adaptação cinematográfica de “Choke” (“No Sufoco”): algumas cenas boas, mas em geral é bem fraco. Telefonema e decisões sobre decisões. A tal reclamação ainda na cabeça. Leituras e cama após a meia-noite.
Arma para controlar churrasco.
Rotativas a plenos pulmões. Black capricorn day. Iogurte e suco de laranja. Nada nos jornais. Textos e rádio. Compras da semana e arrumações. Trabalho pra Puc. Saladão pro almoço. Internet e alguns pepinos. Chá preto. Telefonemas e mais textos. Bateria. Leituras, textos, rádio e sanduíche de queijo e salaminho. Long neck e disco de blues. Leituras e agendas. A tosse vai embora...
Lixão, praia, cerveja e Clash.
Café simples e jornal. Compras da semana. Consulta com médico. Exame de sangue. Blood suckers must die!!! Não vou conseguir entregar o trabalho do terceiro módulo a tempo, mas entrego o do quarto módulo adiantado. Todo político tupiniquim merece a castração química. Dane-se a Copa do Mundo. Dunga é um ufanista débil mental. Arroz, ervilhas e nuggets no almoço. Textos e telefonemas. Colagens e rádio. Roupa branca. Banho frio. Restaurante Miako: frango delicioso e ótima companhia. Calor e barriga cheia. Ônibus pro Leblon. Chá preto e música clássica.
Vício e Brasília reinarão sem raiva.
O telemarketing me acorda: que morram pisoteados num bloco de axé! Iogurte e sanduíche. Meu coturno só chega na próxima semana. Contas no banco e farmácia. Arrumação e leituras. Telefonemas estranhos. Salada de kani. Noticiário e sakamoto na NHK. Internet e chá. Colagens e trabalho da Puc. Bateria e ducha fria. Kinky time with vampire slayer from Pluto! A televisão me deixa lento. Filme sobre Falco. Empório: som ensurdecedor, conta milionária, cenas patéticas e festival de gargalhadas. Caminhamos em silêncio. Rádio-táxi. Capoto às 5 da matina...
La politique de la terre brulêe.
Acordo às 11 da manhã. Iogurte e jornal. Rádio e telefonemas. Textos e arrumações. Consertando a persiana. Recorto jornais. Almoço rápido. Internet e computador com problemas. Louça e exercícios. Show do D.F.C. no Audio Rebel (Botafogo): ótimo. Cobal do Humaitá: comida mexicana, chopp e boa conversa. Ônibus até o Leblon. Banho frio. Textos e rádio. Tempo vai mudar. Capoto após a uma da matina, ao som de Prokofiev e Poulenc.
Espírito alerta para bolhas.
Tempo nublado em Pitboyland. Iogurte e rádio. Contas no banco e prioridades de pagamento. Ventania e janelas voadoras na área de serviço. Telefonemas. Arroz, nuggets e salada. Chá preto. Luiza nasceu toda azul! Internet e rádio. Novos prazos na Puc. Agendas. Bateria e ducha fria. Ônibus até o Largo do Machado. Torradas de brioche com frango desfiado ao curry. Brownies com ganache. Boxe virtual e Resident Evil. Esperando o ônibus debaixo de uma chuva fina. Ventania continua. Frio também. Cerveja e música clássica. Texto pra concurso (mas não vou enviar mesmo...). Cama às 2 da manhã.
Para retirar brasileiros do Inferno.
Chuva e vento. Céu negro. Café da manhã simples. Banco e supermercado. Arrumações e textos. Telefonemas e almoço. Internet e emails. Roupa suja, leituras, textos e exercícios. Perinatal de Laranjeiras. Cautela e mini-brownie. 20 minutos e já estou no ponto de ônibus. 584 e chuva forte. Shopping, double-cheesburger do Bob’s e presente da Casa Cruz. Casa e calor bom. Conversa e piadas. Um táxi no frio. Uma última cerveja e música clássica. Notícias sobre fiasco israelense. Capoto legal.
El Porno Strikes One Last Time!!!
Frio e nenhuma vontade de sair da cama. Iogurte, jornais e rádio. Banco e compras da semana. Saladão de rúcula, tomate e kani. Internet e chá preto. Telefonemas e rádio. Bateria e ducha morna. Planos desfeitos. Cachorro-quente e Ruffles. Uisquinho e amor para esquentar. Perda da noção do tempo. Luzes acesas. Estendendo a roupa branca. Sorvete à uma e meia da manhã. Conversa e massacre de mosquitos. Cama. Frio. Certas pessoas não aceitam um “não” como resposta; outras dão murro em ponta de faca. E existe aquela pessoa que supera todas essas pessoas. Destas eu gosto mais...
Ogivas de três tamanhos ao regime do apartheid.
Café da manhã duplo e piadinhas. Decisões, relaxamento e despedida no ponto de ônibus. Louça suja. Rádio e textos. Lasanha no almoço. Sorvete e chá preto. Internet e exercícios. Cervejinha, rádio e textos. Esse papo de guia já encheu meus cojones de escritor. Algumas idéias para colagens. Suzie Q. “Puta concorrência, meu...”. “Divide o dindin...”. Versão “delícia pop” de “Crazy Little Thing Called Love”. Bar Caranguejo em Copacabana: idoso brigão quase veste o paletó de Madeira ao provocar um armário de ebano. Comi um quindim. Barriga preocupa. Cama às duas da matina.
Meteorito devolveu corpo ao mito.
Iogurte, café e tempo nublado. Boo e festinha esquisita. Feira da Praça XV: calça social marrom a três reais. Metrô até Vista Alegre. Churrasco Old School. Agnostic Front e Seu Jorge. Anthrax e Monobloco. Em pé por um bom tempo. Boa carne. Arroz, vinagrete e salada de beterraba. Picles e pasta de atum. Bolo de morango e brigadeiro. Tudo regado a cerveja. Playstation e joguinho da UFC (ou algo assim): não sabia mexer no controle, mas ganhei (vai entender...). Metrô de volta: cinco churrascos ambulantes. Integração até o Jardim de Alah. Chá preto, banho e mais presentes...
Objetos tóxicos e irmãos carbonizados.
Tempo instável, com direito a merda ambulante na Urca. Roupa suja e música clássica. Textos e telefonemas. Nenhuma idéia sobre o trabalho da Puc pro módulo 3. Nas sábias palavras de Vinnie Stygma, “não importa se é de chocolate ou de baunilha, mas tem que ser sorvete...”. Frio. Suco de laranja e salada. Chá preto e algum jogo na rádio. Algumas idéias. Exercícios e banho. Recortes e colagens. Mais telefonemas. Vai chover? Vão ligar? Onde está meu maldito coturno? Conversa. Cachorro-quente e refrigerante. Mais conversa. Louça e demais arrumações. Música clássica na rádio. Nada na televisão. Internet e invasão de mosquitos. Dor de garganta e muito frio.
Apenas 140 caracteres fogem.
Tempo melhor. Iogurte e jornal. Copa pra lá e Copa pra cá. Operações bancárias. Compras da semana. Nada de coturno. Saladão no almoço. Telefonemas e chá preto. Internet e roupa suja. Caos na mesa e universo de recortes. Dor nas costas. Bateria e ducha quente. Cama por meia hora (no escuro e longe dos celulares...). Taça de vinho. Ônibus pra Botafogo. Penne ao molho funghi com camarão. “Esquadrão Classe A” (bom, apesar do final corrido...). White Dressed Whore wants PopCorn!!! Ônibus pro Leblon. Relax. “Heroes”, de David Bowie e Brian Eno, na versão de Philip Glass. Capoto após uma hora.

A Pátria de Chuteiras e eu de Doc Martens...

Mais uma vez, o ufanismo é o prato do dia em território tupiniquim (e além...). Nas ruas e avenidas, nos veículos e nas mãos de torcedores, impera, imponente, a bandeira verde e amarela. A maioria dos brasileiros, ávida por vitória, quer saber quem receberá a cruz de ferro das mãos do Reichführer Dunga Von Pelotas, o temido Boquirroto dos Pampas. Com a saída dos Sacrés Bleus e dos Mamma Mia Boys, “nossos” canarinhos já estão, aparentemente, com a mão na taça.

Este vosso humilde escriba, entretanto (e mais uma vez), não compartilha da alegria geral, tampouco põe a boca na vuvuzela (alheia ou própria) ou torce para que a jabulani estremeça a rede do time adversário. O tema, aqui, caro leitor, não é apenas a alienação, pois gosto não se discute. O que me incomoda, na verdade, é o ufanismo exacerbado, a propaganda nacionalista com trejeitos brincalhões, o consumismo selvagem de traços risonhos. O maniqueísmo é lei: ou você é a favor da seleção, ou você é contra, e está arriscado a ser linchado em plena Carlos Góis por hordas de adolescentes mijões bêbados.

Transformam o jogo de futebol em guerra do futebol; em bairrismo estampado nas camisetas. O argentino ridicularizado em propagandas de cerveja, o italiano afeminado, o africano cujo nome é impronunciável, a eterna burrice dos portugueses (mesmo se estes venceram a Coréia do Norte por 7 a zero, e os canarinhos só fizeram, “nervosos”, três gols contra o mesmo país asiático...).

A glória pela glória, independentemente dos métodos utilizados para alcançá-la.

Paralelamente, a sensação é de que dirigentes, técnicos e jogadores de futebol finalmente conseguiram se igualar à classe política tupiniquim em termos de falta de ética, injustiça, corrupção, desvio de verba, sonegação, ligações com o tráfico e demais práticas ilegais.

Moral parcial da história: todos nós merecemos isso...



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