terça-feira, 30 de agosto de 2011

THE END IS NEAR


Pitboyland e seus Pequenos Demônios

Com um copo de mate na mão esquerda, este vosso amaldiçoado escriba devorava um sanduíche de pão francês dormido com salaminho, quando foi interrompido pelo telefone. Era telemarketing, o Anticristo em áudio do século 21. "Senhor, aqui é dos cartões Bradesco...", dizia a feminina e débil voz. Cortei a coisa pela raiz, e menti: "vocês já ligaram antes, e eu disse que não estava interessado...". Nisso, a voz respondeu o que o protocolo mandava na tela de seu computador: "ok, senhor. O Bradesco agradece, tenha um bom dia...".

Cinco minutos mais tarde, outra ligação. Agora uma voz masculina, pedindo para falar com o meu pai. Disse que não estava. Nisso: "senhor, aqui é dos cartões Bradesco, etc., etc....". Mesma resposta. Mesmo protocolo.

Outros cinco minutos. Na terceira ligação, agarro o aparelho babando de raiva e com a vontade de trucidar o mais vitorioso dos vencedores do UFC. Ninguém. Acho que perceberam que já haviam ligado duas vezes para o mesmo número.

Preparei outro sanduíche.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Los Monos de la Buena Vista (versão Código Morse)

Calor honesto. 457 pro Méier. Bizarróide ao volante. Airbourne no Ipod. Coisas não feitas. Tumulto no Maracanã. Cão feliz e cerveja gelada. Jornal e novela. Feijão, arroz e bife delícia. Globo Repórter sobre as "maravilhas de Belize e do povo maia"...

Cachorro provoca boxers. Café rápido, com pão e manteiga. Quinta da Boa Vista. Zoológico lotado. Children of the Corn. Bolinho de aipim com carne seca e Coca-Cola. Propaganda enganosa nas jaulas. Animais estressados e sozinhos. Grávida com a buzanfa de fora (temos fotos). Elefante tímido (ou de ressaca). Pai brigando com o filho como se fosse um PM dando bronca em favelado. Explicações científicas a cada dez metros. Jacarés folgados e cágados desastrados. Caminhada até o museu. Definitivamente, o governo de Pitboyland não sabe cuidar de museu (a constatação vem de uma simples e pessoal fórmula matemática: se não vende camiseta, não é museu...). Acervo mirrado, apesar dos belos crânios. Não tem guia, e os "guardas", tristonhos, parecem estar em algum colônia penal nos confins da Sibéria. Jardins em péssimas condições.

Ônibus até o shopping. Festival de gula no Burger King, ao som de Toto. Caminhada básica e passagem pela livraria. Emos por toda parte. Torta de chocolate na Parmê. Perdi um celular: foi na lanchonete? Foi no ônibus? Sem estresse. Méier. Passeio com cachorro. Rock you like a hurricane. "Comer, Beber e Amar": ô negócio bobo...Capoto sem dó. E sem jantar...

Cachorro na rua quente. Na padaria, o jornalista veterano entra falando alto. Não ligo. Peço seis pães e "duzentas" de salaminho. Café. 476 até o Leblon. Banca de revistas no shopping. Almoço: galeto, arroz e salada. Futebol com fortes emoções. Recortes e textos. Quatro mosquitos eletrocutados. Banho. Televisão e pipoca. Cama.