sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Watchmen, o Filme (uma pseudo-resenha)

Eu não gostei de "Watchmen" e agradeço aos céus por não ter gasto rios de dinheiro em ingresso, pipoca e refrigerante no cinema para vê-lo. Posso até ter gostado de algumas cenas de luta e de duas ou três piadas, mas não gostei do filme como um todo. A trama fica melhor no papel, e nem acho que ela deveria ter sido adaptada para o cinema (Terry Gilliam pode considerar-se um sortudo...).
"Watchmen" quer ser sombrio, mas é espalhafatoso. "Watchmen" quer ser complexo e para finos conhecedores de quadrinhos, mas só consegue ser confuso e só arrancar algum sorriso daqueles que entenderam a década de 1980; suas particularidades, seus personagens – Lee Iacocca levando um tiro no meio dos olhos até que foi uma boa idéia – e seus temores. Jovens de hoje não têm medo de uma hecatombe nuclear provocada por americanos e russos. O perigo agora é aquecimento global, é a poluição, é o fanatismo de – dizem – sujeitos que moram em cavernas do bas-fond afegão.
Zack Snyder, responsável pelo filme, já está em seu segundo abacaxi cinematográfico. Após aquela propaganda bélico-homossexual intitulada "300" – por sinal, outra adaptação de graphic novel –, resolveu fazer uma propaganda pacifista envolvendo sujeitos fantasiados saídos de algum fã-clube do Village People. De todos, o menos ruim é o tal do Rorschach (ou algo assim), interpretado por Jeffrey Dean Morgan (do assa interessante "Pecados Íntimos", pelo qual foi indicado ao Oscar deste ano...).
O resto é conversa pra boi dormir, muita câmera lenta e mais de três horas de uma bobajada que fez com que meus olhos doessem.

300 (uma pseudo-resenha)

Entre uma mordiscada e outra de um Toblerone, coloquei o filme no leitor de DVDs. O diretor tinha começado bem, com uma refilmagem de "Madrugada dos Mortos" de lamber os beiços; bem filmada, com uma belíssima fotografia e uma edição rara para um filme de terror. Resumindo: lugar de destaque na minha videoteca.
O assunto da vez, entretanto, era esse tal de "300", adaptação blockbuster da graphic novel de Frank Miller. A trama gira em torno de Xerxes, skinhead bronzeado oriundo da Pérsia e interpretado por Rodrigo Santoro, global sem graça e que por mim poderia ser enterrado sob toneladas de neve em Bariloche. Conquistador barato e viciado em bizarrices, Xerxes encontra certa dificuldade em penetrar o território de Leônidas, dono de uma barriga de tanquinho e acometido de um problema auditivo congênito que o faz gritar ao invés de falar normalmente. Disposto a defender seu cantinho, Leônidas reúne a galera da Academia Esparta para, juntinhos (e sempre aos berros), sapecarem o sarrafo em Xerxes durante mais uma de suas festinhas raves mundialmente conhecidas. Contudo, em uma dessas artimanhas do Destino, Leônidas se dá mal e bate as chinelas no campo de batalha, cravado de flechas.
Anyway: eu não gostei do filme pois, por incrível que pareça, é um troço muito parado, cheio de câmera lenta e um lero-lero sacal entre dois débeis mentais musculosos que querem provar quem é o maior bofe do pedaço.

Chacina no Paraíso (versão Código Morse)

Amanhecer com dor de garganta. Passo na locadora de vídeos ("Watchmen" e "Revolver"). Farmácia e casa da avó. Shopping com a mãe (estampas na Totem e tênis pra caminhada...). Café com pão de queijo. Textos, internet e rádio. Almoço espartano. Nelsinho Piquet é O "convidado bem trapalhão". Overdose de shows ainda este ano (Faith No More, Prodigy, Sonic Youth, Jerry Lee Lewis...). Telefonemas, desenhos e projetos. Bateria. Dose de Famous Grouse no escuro. Filme e macarrão. Textos, leituras e música. Menos calor. Cama ao som de música indígena.

Memórias de uma Barra de Chocolate (versão Código Morse)

Acordo cedo por causa do calor. Após o café, mais uma ida ao Rio Sul para resolver a questão do celular. Adiaram o começo do curso. Recortes, agendas e leituras. Esse Jon Savage é o mesmo que escreveu um livro sobre o punk inglês? O Anticristo nasceria de cabeça pra baixo no dia 09/09/2009? Almoço na avó. Textos e leituras. Banho. Assisto aos filmes "Pecados Íntimos" (bom) e "Anjos e Demônios" (bom). Como uma ciabatta da Domino’s. rádio, calor e cama.

Existe Esperança para Artistas Bêbados (versão Código Morse)

Torrada, iogurte e café. Jornais. Ana Cañas e o sujeito da banda Beirut merecem liberdade. Daqui a pouco vão querer o dinheiro de volta toda vez que o Iggy Pop se apresentar e não tirar o bilau pra fora. Compras da semana. Batendo perna no Leblon e em Ipanema. Sol danado. Bate-papo com o vendedor de bala no ponto do ônibus. Almoço na padaria. Textos e mais textos. Mate gelado. Rádio e internet. Ducha fria. Noticiários e telefonemas agradáveis. Leituras. Minhas costas doem. Cama e muita água.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Filosofias (Parte Um: Nelsinho Piquet)

"Fui convidado a bater". A frase é do piloto de Fórmula 1 Nelsinho Piquet. Segundo fontes seguras deste vosso humilde jornalista desempregado, o sujeito é um mala e um playboy de Hardcore Brasília. Agora solta essa: "...convidado a bater...".
E por acaso tinha que fazer reserva ou trajar smoking, seu débil mental?!!!
Como diria o sumo-filósofo Robert de Niro, "GETTAFUCKOUTTAHERE"...

(Nota da Redação: Kirisoré não curte Fórmula 1...)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sábado From Hell (versão Código Morse)

Café tarde. Rádio, textos e telefonemas. Tempo nublado e abafado. Horda de maratonistas radicais no Monumento aos Pracinhas. Almoço no rodízio de comida japonesa em Ipanema. Sorvete Itália de sobremesa. Descanso em casa. Rádio e banho. Últimas notícias da França e do Gabão. 571 para o Flamengo. A mulher atrás de mim só fala besteira. Gol do Brasil, mas eu passo batido. Amigos, risos, gargalhadas, cerveja e cartas na mesa. Táxi de volta às quatro da matina. O motorista tem bafo e o carro tem cheiro de maconha. Capotamento humano.

Feriado em Pitboyland (versão Código Morse)

Café e jornais. Internet e notícias do Gabão. Idéias de colagens e camisetas. Encomenda de bootlegs. Loteria e banco. Almoço na padoca. Sneakers escondido. Baixa a borracha nos manifestantes, mas também baixa no Congresso. Rádio, colagens e textos. Banho. Encontro e reencontro com amigos no restaurante chinês de Copacabana. Quatro Bohemias e dois petiscos. Garçons bizarros. Fofocas, resumos e soluções. Volta pra casa. Cansado.

Sem Chances (versão Código Morse)

Seis horas da manhã e amanhecer em lugar estranho ao som de pássaros. Dois copos de água gelada pra acordar. 434 bem cedo para voltar para casa. Café simples. Jornal, internet e leituras. Planos para um quarto e sala no meio da selva de concreto. Almoço na casa da avó. Telefonemas. Desculpas aceitas. Planos de viagens. Banho. DVD do Hells Belles (muito direitinho...). Miojo. Rádio de música clássica. Anotações e colagens. Cama, apesar da festa na cobertura daquele débil mental.

Pré-Sal é o Escambau (versão Código Morse)

Café simples e rádio. Devolução dos filmes. Pagamento de contas. Visita à avó. Suco de uva e empadinha. Sebo de Ipanema. Nada de agendas da Taschen ainda. Discussão na Visconde de Pirajá sobre cachorro sem coleira. Almoço na padaria (sushi made in Saracuruna...). Revistas na banca, loteria e papelaria. Textos e colagens. Bateria. Ducha fria. Amendoim, água tônica e "Moby Dick" (versão John Huston, com roteiro de Ray Bradbury). Últimas notícias na CNN. Cama ao som de Ornella Vanoni.

La Sangre Del Mono (versão Código Morse)

Exame de sangue e café da manhã espartano. Compras no supermercado. Fio de tomada para o aparelho Revox B-77. Suco de laranja. Telefonemas e mais telefonemas. Almoço no Bob’s do Centro. Livraria Martins Fontes e encomenda das minhas H.Q.s do Torpedo "perdidas". Ônibus de volta. Trânsito caótico. Rádio. Bateria. Uma cerveja gelada e muito silêncio no escuro. "Unledded" do Page&Plant e salada de Tomate&Pepino. Música clássica e textos.