sexta-feira, 6 de maio de 2011

As muitas ressurreições desta vida

O que diabos está acontecendo por aqui?

Estava a bordo de um 476 de praxe, a caminho da incompreendida Zona Norte, quando me deparei com os cartazes ao longo da Feira de Tradições Nordestinas, em São Cristovão, anunciando as mais bizarras atrações: Aviões do Forró (sem dúvida uma mistura de cadetes da Luftwaffe com fãs de Tiririca...) e Fábio Jr., o mais famoso abduzido tupiniquim.

Percebi, então, o quanto sinto falta de artistas que jamais vi na minha vida. Cantores e compositores que já foram desta para melhor; alguns há séculos. Como seria bom assistir a um Beethoven regendo uma filarmônica no Maracanã! Ou um Tchaikowsky executando a Abertura de 1812 em um réveillon em plena floresta da Tijuca! (e não essas xaropadas governamentais de merda tocando o mesmo samba e o mesmo pop vestidos de branco...).

Elvis no Canecão! AC/DC com Bon Scott no Imperator! Robert Johnson na Lapa ou no Municipal!

Até lá, continuo sonhando acordado, e vivendo em uma Pitboyland governada por Hitler, Mussolini e companhia.

O fantasma que veio do mar

A julgar pelas informações de titio Sam e pela confirmação por parte da Al-Qaeda, neste exato momento o terrorista Osama bin Laden deve estar dando uma de pequena sereia barbuda na garupa do Flipper em pleno Oceano Índico ou algo que o valha.

De fato, segundo consta, bin Laden bateu as botas e vestiu o paletó de madeira após levar um tiro na cabeça ao fim de uma operação – denominada “Operação Gerônimo” – dos Navy Seals americanos em um bairro dos arredores de Islamabad, no Paquistão. O que se seguiu foi um vendaval de alívio, alegria e histeria coletiva, tanto na Broadway quanto em grande parte do azulado planeta. A certeza do “acabou”, no entanto, logo foi subsituída pelo “e agora?”, tão pesado quanto a consciência de uma criança prestes a mostrar seu péssimo boletim aos pais.

E agora? Pois bem: e agora, toma que o filho é teu. No caso específico do terrorismo, nosso...

O espetáculo foi de curta duração. O timing não foi planejado de modo eficiente. O discurso histórico do presidente Obama – no melhor estilo do “We got him” da administração Bush quando da captura de Saddam Hussein –, os elogios de chefes de estado (Sarkozy e Berlusconi, sempre eles, na turma do gargarejo...), a festa nas ruas promovida por cidadãos cujos dentes branquíssimos refletiam o gosto pela vingança, pela morte e pela chamada “justiça”: tudo isso passou mais rápido que o esperado. Agora, a realidade volta a bater à porta. Quiçá, com mais violência e sem o uso de campainha.

Haverá uma nova onda de ataques terroristas pelo mundo? O Paquistão entrará com alguma ação contra os Estados Unidos junto à O.N.U. e fechará todas as bases militares de Obama no país? O congresso americano criará uma CPI para que questões fundamentais da operação sejam respondidas? Os Republicanos pedirão a cabeça de Obama após um eventual próximo atentado?

O corpo de Osama bin Laden mal tocou o fundo do mar, e seu fantasma, tal qual Namor hippie, nadou até a superfície e emergiu para avisar que essa história toda está longe de terminar tão cedo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sinônimos Eletrônicos

A doce e caliente voz foi clara:

"Olá! Seja bem-vindo à Central de Atendimento NET! Para sua segurança, esta conversa será gravada. Em outras palavras, você receberá os dez primeiros centímetros de vara no rabo antes que seu problema seja ouvido..."

Sim. A modernidade tem dessas...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Profissional

Entre os dias 17 e 19 de junho próximos, acontece, em Clisson, na França, mas uma edição do festival Hellfest, que este ano contará com as presenças de: Iggy and the Stooges, The Cult, Rob Zombie, Scorpions, Trust, Ozzy Osbourne, Judas Priest, Black Label Society, Monster Magnet, Corrosion of Conformity, Bad Brains, Kyuss, Kreator, D.R.I., Hawkwind, Cavalera Conspiracy, The Exploited, The Young Gods, entre muitos e muitos outros.

O que é mesmo esse Rock in Rio, hein?