quinta-feira, 23 de julho de 2009
O Shopping do Mal
Desde que o enorme shopping foi construído, a sombra se fez. Nada de sol entrando no meu escritório. Nada de calor natural para aliviar a tensão dos meus ossinhos. Apenas andares e mais andares de escritórios de advocacia, publicidade, assessoria de imprensa e demais empresas por cujas janelas eu avisto um povo estranho, homens e mulheres grudados em seus computadores, ajeitando seus modelitos da Zara ou arregaçando as mangas de suas Polo by Kim. No andar térreo, seguranças e funcionários da garagem berram aos quatro ventos; ora algo sobre um time de futebol, ora impropérios acerca de automóveis e seus motoristas. O shopping do mal parece alguma maloca erguida por Thulsa Doom. Um cagalhão de vidro, ferro, fibra de carbono e gente idiota.
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