domingo, 14 de março de 2010

Clint Eastwood in Flames (versão Código Morse)

Acordo cedo. Café rápido. Cemitério do Cajú e papelada suspeita do crematório. Raiva dos papa-defuntos. O final do cheque era 666. Adeus ao som de uma música brega. Impressão de estar queimando Calamity Jane. Sol forte e café preto. Farmácia. Feira do Lavradío. Sujeito fedorente e sem camisa escolhe vinis. Homem velho com camiseta do Hezbollah. Quase compro a camiseta do "United States of Ipanema". Caipirinha, cerveja, pastel e bobó de camarão no Mague Seco. Descanso em casa. Rádio, recortes e telefonemas. Mudança brusca de tempo: dilúvio de dar inveja a Roland Emmerich. Tudo alagado, tudo enguiçado, tudo parado. O vaso transborda e eu perco a calma. É filme-catástrofe na carne, com matizes de Blake Edwards e Sam Peckinpah. Cerveja e amendoim. Telefonemas e planos desfeitos. A vizinha do 202 é uma madame chata, mas tem razão sobre o barulho. Cama às 3 em ponto.

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