A julgar pelas informações de titio Sam e pela confirmação por parte da Al-Qaeda, neste exato momento o terrorista Osama bin Laden deve estar dando uma de pequena sereia barbuda na garupa do Flipper em pleno Oceano Índico ou algo que o valha.
De fato, segundo consta, bin Laden bateu as botas e vestiu o paletó de madeira após levar um tiro na cabeça ao fim de uma operação – denominada “Operação Gerônimo” – dos Navy Seals americanos em um bairro dos arredores de Islamabad, no Paquistão. O que se seguiu foi um vendaval de alívio, alegria e histeria coletiva, tanto na Broadway quanto em grande parte do azulado planeta. A certeza do “acabou”, no entanto, logo foi subsituída pelo “e agora?”, tão pesado quanto a consciência de uma criança prestes a mostrar seu péssimo boletim aos pais.
E agora? Pois bem: e agora, toma que o filho é teu. No caso específico do terrorismo, nosso...
O espetáculo foi de curta duração. O timing não foi planejado de modo eficiente. O discurso histórico do presidente Obama – no melhor estilo do “We got him” da administração Bush quando da captura de Saddam Hussein –, os elogios de chefes de estado (Sarkozy e Berlusconi, sempre eles, na turma do gargarejo...), a festa nas ruas promovida por cidadãos cujos dentes branquíssimos refletiam o gosto pela vingança, pela morte e pela chamada “justiça”: tudo isso passou mais rápido que o esperado. Agora, a realidade volta a bater à porta. Quiçá, com mais violência e sem o uso de campainha.
Haverá uma nova onda de ataques terroristas pelo mundo? O Paquistão entrará com alguma ação contra os Estados Unidos junto à O.N.U. e fechará todas as bases militares de Obama no país? O congresso americano criará uma CPI para que questões fundamentais da operação sejam respondidas? Os Republicanos pedirão a cabeça de Obama após um eventual próximo atentado?
O corpo de Osama bin Laden mal tocou o fundo do mar, e seu fantasma, tal qual Namor hippie, nadou até a superfície e emergiu para avisar que essa história toda está longe de terminar tão cedo.
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