segunda-feira, 25 de julho de 2011
Um Oceano de Advertências
Amy Winehouse morreu fazendo o que mais gostava de fazer.
Tal frase, caro e raro leitor, pode parecer egoísta, sensacionalista e vergonhosa, mas é a frase que, na minha humilde opinião, resume o episódio final protagonizado pela cantora britânica. Sequer perdi meu tempo ouvindo o comentário de Nelson "Hervé Villechaise Tupiniquim" Motta a respeito da falecida. Pois Amy Winehouse cantava tão bem quanto uma Norah Jones, uma Joss Stone, uma Fiona Apple, ou quanto qualquer outra das dezenas de vozes femininas que a indústria teimou em encaixar no milionário filão das "divas do soul dos anos 2000", utilizando a mesma "técnica" empregada em Mariahs Careys e célines Dions de outras décadas.
Com Winehouse, a tragédia também foi combustível para o lucro. Relacionamentos com junkies de carteirinha, inúteis internações, acessos de fúria ("pressão da imprensa"? Please...), crises de abstinência, e demais demonstrações de um desequilíbrio que não demorou muito para literalmente subir aos palcos.
Drogas custam dinheiro, e Winehouse tinha dinheiro graças à venda de seus discos e aos cachês de seus shows (aqueles que não foram cancelados, é claro...). Ninguém é inocente nessa história, tampouco os milhares de fãs. Como é de praxe em mortes súbitas de artistas, as teorias da conspiração afloram; uma delas coloca o óbito de Winehouse no mesmo plano de um Kurt Cobain ou de um Michael Jackson, cuja morte apenas aumentaram o lucro de empresários (sim, o pai e empresário de Winehouse estava nos EUA na hora da morte de sua filha...álibi perfeito, dirão alguns...).
No frigir dos ovos, Amy Winehouse é apenas mais uma matéria de jornal e revista, que, com o passar das edições, vai diminuir de tamanho, terminar em algum show-tributo, até virar peça de colecionador ou nome em listas da Rolling Stone. "Mais uma com 27 anos que morre de overdose, bá, blá, blá...".
Enquanto isso, na agora explosiva Noruega, chega-se à conclusão de que o louraço belzebú era mesmo um caubói nazista bom no gatilho que queria beber vinho e "confabular" com prostiranhas antes de mandar tudo e todos pelos ares.
E era filho de diplomata...
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Diplomacia pra quê?
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