Com um copo de mate na mão esquerda, este vosso amaldiçoado escriba devorava um sanduíche de pão francês dormido com salaminho, quando foi interrompido pelo telefone. Era telemarketing, o Anticristo em áudio do século 21. "Senhor, aqui é dos cartões Bradesco...", dizia a feminina e débil voz. Cortei a coisa pela raiz, e menti: "vocês já ligaram antes, e eu disse que não estava interessado...". Nisso, a voz respondeu o que o protocolo mandava na tela de seu computador: "ok, senhor. O Bradesco agradece, tenha um bom dia...".
Cinco minutos mais tarde, outra ligação. Agora uma voz masculina, pedindo para falar com o meu pai. Disse que não estava. Nisso: "senhor, aqui é dos cartões Bradesco, etc., etc....". Mesma resposta. Mesmo protocolo.
Outros cinco minutos. Na terceira ligação, agarro o aparelho babando de raiva e com a vontade de trucidar o mais vitorioso dos vencedores do UFC. Ninguém. Acho que perceberam que já haviam ligado duas vezes para o mesmo número.
Preparei outro sanduíche.
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