terça-feira, 5 de abril de 2011

Um masoquista em Hollywood

Afirmar que eu gosto de Nicholas Cage seria um erro.

Gosto de muitos filmes que ele fez, gosto da maneira como ele atua – acima da média – e gosto de grande parte de seu histórico pessoal. Gostei de “Rumble Fish”; gostei de “Birdy”, gostei de “A Rocha”, gostei de “Arizona nunca mais” e daquele remake dirigido pelo John Woo e co-estrelado pelo Travolta. Gostei de “Wild at Heart”, de “ConAir” e até da refilmagem de “Vício Frenético”. De resto, gostei mais ou menos, ou simplesmente não gostei.

A julgar pelo trailer de seu último filme (“Drive Angry”, aqui “Fúria sobre Rodas”), vou ficando com a última opção. Pois o que é aquilo? Uma continuação do “Motoqueiro Fantasma”? Uma mistura de road movie e satanismo? A trama é tão bizarra que chega a ser surreal pagar um centavo sequer para assistir a isso no cinema. Este vosso humilde escriba chegou ao ponto de ter certeza que a “bomba” seria lançada diretamente em DVD por aqui; de preferência à venda nas Lojas mericanas por módicos 9,99 mangos.

Errei feio. Soltaram a criatura nas salas de cinema, para alegria de pitboys e pitgirls de Pitboyland.

Não é o caso de afirmar que Nicholas Cage é coisa do passado (até porque no passado recente temos outra aberração chamada “Caça às Bruxas”, estrelada pelo mesmo Cage...). Não. Na verdade, está no caminho certo para se tornar um ator cult, do mesmo porte de um Christopher Walken ou de um Donald Sutherland. Ator cult, no entanto, também tem altos e baixos.

E Cage, do alto de seu profissionalismo sincero, está numa fase de baixos bem baixos...

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