Semana passada, radicais e demais débeis mentais assassinaram funcionários da ONU no Afeganistão. Marcharam, mataram e se mandaram. Segundo os próprios “manifestantes”, o ataque e as mortes foram uma resposta à queima do Alcorão promovida pelos pastores da Flórida Wayne Sapp e o já-famoso Terry Jones (sim, homônimo de um dos Monty Python...).
O massacre de Mazar-i-Sharif foi duramente condenado pelas autoridades internacionais, que não negaram a infiltração, no meio dos extremistas, de insurgentes. O governo americano criticou a atitude dos pastores, que parecem só terem levado um tapinhas nas mãos como advertência. Jones, contudo, afirmou não ter remorso, e colocou mais lenha na fogueira ao dizer que “o Islã não é uma religião de paz”.
Como todo débil mental oriundo de uma educação constipada, o pastor superstar não parece conhecer o episódio medievo das Cruzadas. Tampouco os nefastos acontecimentos ao longo da Inquisição. Com cara de matuto, o pastor-sensação-do-momento insiste em generalizar as crenças, os atos e as punições. Possuidor de um bigode à la Village People, o übber-pastor não entende que sua ira pode se voltar contra ele, no impiedoso jogo de dominós da imagem.
Pois, de fato, a administração Obama em nada quer ser comparada com o lastimável governo de George W. Bush e seu malfadado teatro de guerra. Quer, sim, aparecer aos olhos do mundo na condição de salvadora das nações, sejam estas ocidentais, sejam de outras culturas (vide o corrente episódio líbio...). Ou seja: a palavra de ordem é “temperança”; um olhar mais pragmático sobre a política externa; bem longe da atitude ensandecida e bélica de seu antecessor cowboy. Do contrário, passa por extremista e perde milhares de votos para uma possível reeleição.
Basta um passo em falso, e os pastores desaparecem na boca de algum alligator da Flórida.
Em tempo: este vosso humilde escriba gostaria de saber se os tais nepaleses assassinados em Mazar-i-Sharif eram soldados gurkhas. Comentários serão bem-vindos (o que não deixa de ser irônico...).
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