Desde a semana passada, deu José Mayer na cabeça. Falavam dele nas publicações. Falavam dele nos programas femininos. Falavam dele no ônibus para São Paulo. Falavam do sujeito até no bar que freqüento, na rua Maria Quitéria. O galã da nova novela das oito da Rede Goebbels é o cara da vez, e só perde em beleza para Manuel Zelaya, o "Sinhozinho Malta Hondurenho Conquistador de Embaixadas".
José Mayer é uma espécie de Michael Douglas menos tarado, sem Catherine Zeta-Jones, mas com aquela boa e velha lista de mulheres seduzidas. Cá pra nós, José Mayer tem cara de peão, jeito de peão, sorriso de peão e atitude de peão. É um peão no "Leblão". Tem helicóptero, hotel cinco estrelas e mulheres a seus pés.
É peão rico, com a lábia "Moneytalks" daqueles cinqüentões abarrotados de grana que namoram a gatinha de 30, 20 ou dez anos de idade. José Mayer é o Tio Sukita com dinheiro. Peão Tiozão. Peão que aparece em propagandas extintas de cigarro Derby, ou em propagandas sobreviventes de Bombril e adoçante.
Pombas! Eu, que tenho 36 invernos na cara, e que orgulhosamente venho de Hardcore Brasília, já me sinto um estranho numa terra estranha aqui em Pitboyland. Imagina o personagem do José Mayer...
Quase nada contra o Leblon. Até acho legal e acolhedor (se não fossem esses clichês televisivos). Mas esses tiozões do Leblon são doses. Vivem se reunindo nas manhãs de domingo naquele Talho Capixaba, almoçando nesse recém-inaugurado Le Bronx (sacaram o trocadilho odioso?...), jantando nos restaurantes japas da Dias Ferreira e bebendo na Pizzaria Guanabara ou no Jobi. Em pé!!! Colocam nome na lista de espera!!! Come on...
Cadê os homens ranzinzas do Leblon? Cadê os velhos que ficam quietos num canto, olhando a garotada fazer merda? Cadê os caras que não se importam com rugas, mulheres velhas e garçons amigos? Porra! Diplomacia de botequim?! Qualé?!!! José Mayer e companhia (alô, Oswaldo Montenegro...) deveriam ser encaixotados e enviados para o Laos, alegre território povoado de gente boa.
Enfim, nada de violência. Contanto que esses clones do José Mayer não interrompam minha cervejinha semanal, está tudo bem. Do contrário, é apocalipse em Technicolor.
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