Tomei o suco de manga de sempre e papai duas esfirras de carne antes de abraçar a maratona diária. Minha nova dentista havia desmarcado nosso encontro por estar passando mal, por isso aluguei dois filmes ("Se Beber, Não Case!" e "O Seqüestro do Metrô 123", este uma refilmagem com John Travolta no papel que já fora de Robert Shaw...) antes de visitar minha avó. Assistimos a um episódio de "Magnum" e outro de "Histórias do Crime".
O personagem do ator Dennis Farina e sua equipe tentavam dar o bote em um carregamento de drogas do mafioso Ray Lucca em algum país corrupto do Caribe. Eu comecei a lembrar do fato de Dennis Farina ter sido detetive da polícia de Chicago por quase duas décadas, quando um rosto chamou minha atenção: Stephen Lang está em "Avatar" na pele do militar sem escrúpulos; já fez o papel de um serial-killer em "Aprendiz de Feiticeiro" (um filme injustiçado, dirigido por John Badham, e estrelado por Michael J. Fox, James Woods e Luis Guzman) e viveu um dos policiais que ajuda o personagem de Christian Bale a capturar o John Dillinger de Johnny Depp em "Inimigos Públicos", de Michael Mann.
No episódio de "Histórias do Crime" (1986-1988), Lang interpreta David, um informante X-9 infiltrado na organização criminosa de Ray Lucca, e namora a personagem de Pam "Jackie Brown" Grier. Não dá nenhum show de interpretação, mas vale pela curiosidade. Stephen Lang merece um mínimo de respeito e crédito, além de nossas preces para que não vire mais um James Gandolfini da vida ("Sopranos", "The Mexican" e, uau, "O Seqüestro do Metrô 123"...), de ascensão rápida, e queda em Mach 3.
Na noite anterior às esfirras e ao suco de manga, contudo, eu estava com uma "tchurma lesgal" no Joaquina da Cobal do Humaitá, conversando sobre punks paulistas arrastados por skinheads em um Uno vermelho, e a vingança da Mãe Terra segundo as visões de Pai Dan H. de Xogun (sic), profundo conhecedor da filosofia de Bryan Adams e voraz consumidor de caipirinhas de morango. Após semanas de um calor somali, um pé d’água de proporções bíblicas finalmente se abatera sobre Pitboyland e suas almas. Pé d’água curto e grosso, mas pé d’água assim mesmo. Entre uma cerveja e outra, entre uma mordida no sanduíche de mortadela e uma beliscada no petisco de lingüiça acebolada, eu sonhava com o dia em que anões premiados pelo Livro Guinness de Recordes voariam nas costas de pombos geneticamente modificados e bombardeariam o litoral de Pitboyland com napalm.
Foi então que meu amiguinho "Daddy-O" Dan afugentou meus devaneios com um longo papo sobre a banda formada por Josh Homme, John-Paul Jones e Dave Grohl, a Them Crooked Vultures. Havia boatos de que a banda seria a principal a se apresentar nas edições de 2010 do Porão do Rock (Brasília) e do TIM Festival (Pitboyland-Sampa). Talvez, sempre talvez. Uma coisa era certa: o AC/DC gravaria mais um disco, realizaria uma derradeira turnê e sairia de cena envolto em glórias e vitórias. Em outras palavras, havia sempre um resto de esperança jogado em algum canto obscuro da vida na Terra. Over and Out, Black Jack...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário