Como acontece nas melhores e piores culturas deste lado do Universo, este vosso mui humilde retardado mental assistiu ao filme "Se Beber, Não Case!" ("The Hangover", em inglês) com anos-luz de atraso. Antes de colocar a bolacha no tocador de DVD, eu já esperava algo do tipo "mais um candidato a Sessão da Tarde", certo de que gostaria do começo e odiaria o resto, encomendando alguma macumba (o termo "vodu" está momentaneamente na lista de palavras politicamente incorretas...) a alguma mãe-de-santo barata e comível.
Pois eu estava redondamente enganado, caro e raro leitor.
Convenhamos: uma comédia que começa embalada por uma canção do Danzig não é qualquer comédia. Esta não só começa com Danzig, como tem uma trilha sonora interessante e eclética, daquelas cujo disco não faz feio numa festinha regada a cerveja, mulheres e vizinho chato.
O filme é ótimo exemplo da tradição do humor gringo, e figura entre pérolas tais como "Orange County" (Colin Hanks e Jack Black), "Eurotrip" e a übber-comédia "Curtindo a Vida Adoidado". Os elementos para duas horas de risadas estão lá: os personagens principais de diferentes temperamentos, as frases de duplo sentido, as situações bizarras, as críticas nada veladas ao establishment policial, os personagens secundários hilários (dentre os quais um chinês alucinado e Mike Tyson em pessoa...). O pulo do gato, entretanto, é a maneira de contar a história, partindo do presente e rememorando os fatos por meio de pequenas pistas. Não é à toa que o filme acaba de ganhar o Globo de Ouro de Melhor Comédia, prêmio que poderia muito bem se transformar em uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original.
Assim que as Lojas Americanas colocarem o filme nas suas prateleiras, eu vou reservar o meu. Faça o mesmo.
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